300br/10 – Dolores Duran

Coletânea de gravações realizadas entre 1952 e 1959 reconstituídas com Orquestra e coro.

Dolores Duran, nome artístico de Adileia Silva da Rocha[1], (Rio de Janeiro, 7 de junho de 1930 — Rio de Janeiro, 24 de outubro de 1959) foi uma cantora e compositora brasileira.[2]

Filha de um sargento da Marinha, começou a cantar muito cedo e, aos dez anos de idade, conquistou o primeiro prêmio no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso. As apresentações no programa tornaram-se frequentes, fixando-a na carreira artística. Quando Adiléia tinha 12 anos o pai faleceu e, a partir de então, teve que sustentar a família, cantando em programas de calouros e trabalhando no rádio como atriz.

A partir dos 16 anos adotou o nome artístico Dolores Duran. Autodidata, cantava em inglês, francês, italiano, espanhol e até em esperanto. Ella Fitzgerald durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, nos anos 1950, foi à boate Baccarat especialmente para ouvir Dolores e entusiasmou-se com a interpretação de Dolores para My Funny Valentine – a melhor que já ouvira, declarou Fitzgerald.[3]

No final da década de 1940, Dolores estreou na Rádio Nacional, tendo sido contratada para se apresentar ao lado de nomes como Chico Anysio e Ângela Maria.

Em 1951, teve um relacionamento amoroso com João Donato, mas que não perdurou devido à oposição da família do rapaz, então com 17 anos, enquanto Dolores tinha 21. O namoro chegou ao fim, quando Donato foi morar no México.

A estreia de Dolores em disco foi em 1952, gravando dois sambas para o Carnaval do ano seguinte: Que bom será (Alice Chaves, Salvador Miceli e Paulo Márquez) e Já não interessa (Domício Costa e Roberto Faissal). Em 1953, gravou Outono (Billy Blanco), e Lama (Paulo Marquez e Alice Chaves). Dois anos depois, vieram as músicas Canção da volta (Antônio Maria e Ismael Neto), Bom querer bem (Fernando Lobo), Praça Mauá (Billy Blanco) e Carioca (Antônio Maria e Ismael Neto).

Em 1955, casou-se com o radioator e músico Macedo Neto. No mesmo ano, foi vítima de um infarto, tendo passado trinta dias internada em um hospital. Dolores resolveu não seguir as restrições que os médicos lhe determinaram, agravando os problemas cardíacos que trazia desde a infância, problemas que só se agravaram com o tempo, pois abusava do cigarro (fumava mais de três carteiras por dia) e da bebida, principalmente a vodca e o uísque. Com isso, a depressão passou a marcar sua vida.

Em 1956, fez sucesso com a música Filha de Chico Brito, composta por Chico Anysio. No ano seguinte, um jovem compositor apresentou a Dolores uma composição dele e de Vinícius de Moraes. Tratava-se de Antônio Carlos Jobim em início da carreira. Em três minutos, Dolores pegou um lápis e compôs a letra da música “Por Causa de Você”. Vinícius ficou encantado com a letra e gentilmente cedeu o espaço a Dolores. Foi revelado, a partir daí, o talento de Dolores para a composição e grandes sucessos se sucederam, como Estrada do Sol, Ideias Erradas, Minha Toada e A Noite do Meu Bem, entre outros.

Dolores passou por uma gravidez tubária (gravidez de alto risco que acarreta esterilidade materna e perda do feto), interrompendo o sonho de ser mãe. Em 1958, desquitou-se de Macedo Neto e passou meses na Europa com o conjunto musical. De volta ao Brasil adotou uma menina negra, Maria Fernanda Virgínia da Rocha Macedo, que foi registrada por Macedo Neto, mesmo estando ele separado de Dolores e a menina não ter com ele qualquer parentesco. A mãe biológica de Maria Fernanda Virgínia havia falecido após o parto. O pai, por sua vez, foi uma das vítimas da pior tragédia em trens suburbanos do Rio de Janeiro.

A partir daí, durante os dois últimos anos de vida, compôs algumas das mais marcantes músicas da MPB, como Castigo, A Noite do Meu Bem, Olha o Tempo Passando e Estrada do Sol, entre tantas outras.

Na madrugada de 23 de outubro de 1959, depois de um show na boate Little Club, a cantora saiu com amigos para uma festa no Clube da Aeronáutica. Ao sair da festa, resolveram ‘esticar’ no Kit Club. A cantora chegou em casa às sete da manhã do dia 24. Brincou e beijou muito a filha, já com 3 anos, na banheira. Em seguida, passou os últimos cuidados à empregada Rita: “Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer”, disse brincando. No quarto, sofreu um infarto fulminante – que, à época, foi associado a uma dose excessiva de barbitúricos e álcool.[4]

A morte prematura de Dolores Duran, aos 29 anos, interrompeu uma trajetória vivida intensamente. A amiga Marisa Gata Mansa levou os últimos versos de Dolores para Ribamar musicá-los. Carlos Lyra fez o mesmo sobre os versos inéditos.  (wikipedia)

trecho de Por Toda Minha Vida – Dolores No vídeo: Nanda Costa Áudio original de Dolores Duran

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300br/9 – Dorival Caymmi

Caymmi e seu Violão (1959)

Existem compositores que se notabilizam como próprios intérpretes de suas canções de maneira tão inconfundível e definitiva que acabam tornando-se numa coisa só, ou seja, não possibilitam espaço para que outros artistas possam interpretá-lo tão bem. Esse é o caso de Dorival Caymmi que se confunde de maneira tão plena com sua obra que um acaba sendo cúmplice do outro a ponto de não podermos diferenciar onde começa o autor e o intérprete.

A música popular brasileira esta repleta de compositores que têm suas canções imortalizadas por outros artistas e na maioria das vezes nem sabemos a sua verdadeira autoria, porém, quando constatamos que determinada música pertence a um compositor conhecido nos admiramos e ficamos a imaginar como ele a interpretaria.

No caso de Dorival Caymmi além da perfeita identificação entre autor e intérprete verificamos que ninguém sente como ele aquilo que fez, porque simplesmente Caymmi é a própria essência de todas as suas músicas. Quem por exemplo seria capaz de cantar tão bem as belezas do mar? Senti-la de forma tão ardente? Captar seu lirismo de maneira tão cativante? Cantá-lo com tanta emoção? Só mesmo um compositor que tivesse um profundo sentimento e interação com a natureza de sua obra e admirasse as belezas das espumas e das ondas do mar para que pudesse contar seus mistérios e segredos. Dorival Caymmi é o mar da nossa canção, profundo e belo, e o mar é o próprio Dorival Caymmi, solene, infinito e inesquecível quando dele nos aproximamos.

A natureza com toda sua exuberância esta delineada nos versos desse poeta/cantor que traduz em poucas palavras o que muitos não conseguem explicar basta ouvir e sentir que “o mar quando quebra na praia é bonito, é bonito”… isso diz tudo!

Quando iniciou sua trajetória Caymmi inspirou-se no mar e ele o inspirou para fazer coisas belas, foi uma ajuda mútua, e saiu cantando em versos tudo que via na linda criação da natureza e assim foi gravando seus discos, vendo os outros cantarem suas musicas, e tornando-se o rei do mar na canção popular brasileira. Faltava porem, que suas canções fossem reinterpretadas por ele da maneira como foram feitas, apenas com o violão, e assim ele quis e assim ele fez.

Em 1959 o responsável pela direção artística da gravadora Odeon era o incansável Aloysio de Oliveira, que tinha em mente realizar um disco em que Caymmi cantasse suas canções da maneira mais simples possível, acompanhando-se somente com o violão. Contudo, foi difícil convencer a cúpula da fábrica de discos, que não acreditava no sucesso da idéia – até porque todas as músicas incluídas no repertorio do disco, exceto “O bem do mar” já tinham sido gravadas pelo próprio autor e outros cantores com acompanhamento de orquestra ou regional o que era a praxe na época. Portanto, apostar numa gravação solo seria arriscar demais. Achavam que o violão somente não daria brilho a gravação. Ficaria muito oco, vazio.

Os argumentos de Aloysio de Oliveira, no entanto, acabaram convencendo os empresários da Odeon. E como Dorival Caymmi já havia sinalizado positivamente com a proposta de se realizar a gravação, assim foi feito. E em fins daquele ano saiu o LP, considerado uma obra prima de nossa canção popular. Caymmi estava inspiradíssimo e se supera em todas as canções, sua voz grave da um tom dramático às narrativas expressas nas letras e ao mesmo tempo nos provoca uma vontade de nos espreguiçarmos e sentirmos a brisa do mar em nosso rosto, enlevando nossos pensamentos, tornando-nos felizes, deixando a vida passar contemplando as belezas da criação divina.

Este é um disco inigualável, definitivo, um diamante fino plenamente lapidado. A expressão máxima de um gênio que a Bahia criou, o Brasil abraçou e o mundo consagrou. E que deixou para todos nós uma frase e uma verdade inquestionável, cunhada por ele com sabedoria e sensibilidade: “quem vem pra beira do mar, ai, nunca mais quer voltar”. (Luiz Américo Lisboa Junior)

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300br/8 – Chiquinha Gonzaga

300 discos importantes da música brasileira

008 – Chiquinha Gonzaga / A Maestrina (2 CD) (1999)

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Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847 — Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1935) foi uma compositora e pianista brasileira.

Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha.

A necessidade de adaptar o som do piano ao gosto popular valeu a Chiquinha Gonzaga a glória de se tornar a primeira compositora popular do Brasil. O sucesso começou em 1877, com a polca Atraente, aqui tocada pelo grupo “As Choronas”

300br/6 – Carmen Miranda

Caixa antologia com 5 CDs contendo todas as gravações de Carmen Miranda para a gravadora Odeon. Período: 1935 a 1940

download: .
Vol 01  http:// www.mediafire.com/download.php?jwd5fg2nymw
Vol 02 http://www.mediafire.com/download.php?nwit2nmyjyj
Vol 03 http://www.mediafire.com/download.php?di30jjwzncy
Vol 04 http://www.mediafire.com/download.php?hmwiyzqo1tl
Vol 05 http://www.mediafire.com/download.php?nwy3iznumjz

300br/5 – Caco Velho

Caco Velho, seu conjunto e Hervê Cordovil – Vida noturna no. 1 (1958)

[005-CacoVelhoVidaNoturna.jpg]

quem quiser baixar o disco:  http://rapidshare.com/files/239061575/Caco_Velho_-_Colet_nea_Toque_Musical.

300br/4 – Pixinguinha

4 Benedito Lacerda e Pixinguinha Benedito Lacerda e Pixinguinha 1966

300br/2 – Nara Leão

nao era essa mas acho que vale

300 melhores canções brasileiras

Por Charler Gavin

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