Low expectations

Tenho visto poucos filmes. Os dois de ontem:

Low Life – Palavras demais, na pior tradição do cinema francês. Me deu uma sensação esquisita: lembrei da Marguerite Duras, que eu admirava, e pensei, putz, será que era isso o tempo todo, mas que droga… Fica muito aquém do que se pretende. Único mérito é a boa intenção em retratar a França contemporânea e o significado das políticas xenófobas segundo uma perspectiva humanista. O retrato da juventude pode até ser fiel, mas não ajuda muito. Ah, que saudades do Amantes Constantes

O ruído do gelo – fusão de gêneros – humor negro e comédia romântica – é divertido e bem realizado, sem grandes ambições. Não precisa ser visto, mas pode ser curtido. De Bertrand Blier, veterano que, no mínimo, nos deixou Corações Loucos (1974).

de 31/10 a 4/11

Se não nós, quem? – bem feito e bom de assistir

Fim da noite – estética de quadrinhos num filme jovem de yakuza jovem. Eu gosto.

Adeus – iraniano que mostra muito bem o momento atual do país.

The forgiveness of blood – outro abril despedaçado, ali mesmo na Albânia, gostei da “invertida” sobre o tema (aqui, nesta Albânia contemporânea e ainda sujeita ao cânone e à vendeta, a tradição de algum modo se modifica por influência e ação da juventude).

Os órfãos – bacaninha.

Attenberg – obrigada ao Luís por ter feito tudo direitinho, e assim permitido que eu visse o filme de que mais gostei nesta mostra. Quase pus tudo a perder, por acreditar que se pudesse, de carro, percorrer 4 km em 1h numa sexta-feira no início da noite em São Paulo. Talvez tudo isso tenha combinado com a quietude sobrenatural daquela paisagem mediterrânea, incluindo seus personagens, que de tão próximos se tornaram imediatamente os mais queridos.

(também em: mostras)

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